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Portela 1991: Tributo à Vaidade

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesse ano, Sílvio Cunha, em seu terceiro carnaval na Portela, elaborou o enredo a partir do nome de uma fantasia de Evandro Castro Lima, carnavalesco, figurinista e destaque campeão em diversos concursos na categoria luxo masculino. Assim, além de homenageá-lo, Sílvio estendeu a abordagem para uma exaltação a todos os tipos de vaidade, especialmente a de ser portelense.

 

Quarta escola a pisar na Marquês de Sapucaí na segunda-feira de carnaval, a Portela trouxe 4.600 componentes distribuídos em 32 alas e 12 carros alegóricos, que cantaram o belíssimo samba Estandarte de Ouro de Carlinhos Madureira, Café da Portela e Hiran Silva com muita empolgação e embalados pelos 300 ritmistas da "Tabajara do Samba", sob o comando de Mestre Timbó. Comandando o canto, Dedé da Portela.

 

Desfilando luxo e alegria, a escola foi saudada pelo público na entrada da comissão de frente, formada por Zeca Pagodinho, Chico Santana, Monarco, Casquinha, Ari do Cavaco, Alberto Lonato, Wilson Moreira, Carioca, Jair do Cavaquinho, Casemiro, Marcos, Edir Gomes, Periquito e Jorge do Violão e apresentada por Tijolo, famoso passista, falecido em 2001.

 

Mais uma vez, a Águia contagiou o público, azul e branca e confeccionada com material furta-cor que, sob as luzes do Sambódromo, refletia variadas cores e tons, dando a impressão de estar acesa. Foi um desfilar de vaidades, desde a lenda de Narciso, que de tanto adorar a sua imagem refletida no lago acabou se afogando, passando pela vaidade das raças formadoras do povo brasileiro - o índio, o branco e o negro. Com uma visão humorada, a vaidade contemporânea foi mostrada através das oficinas e concursos de beleza - salões de cabeleireiros, maquiadoras, depiladoras, maiôs, misses Brasil, academias de ginástica, atletas, dietas, saladas. 

 

A busca pela eterna juventude foi retratada por relógios nos estilos rococó, art-nouveau e art-déco, demarcando a valorização excessiva da aparência a partir do século XVIII. E vaidade e sedução sempre estão juntas. E desfilaram estúdios fotográficos, gatos e gatas, panteras, modelos, a moda. Mas, também, a ilusão.

 

Dinheiro e poder. Conhecimento e sabedoria. O material e o intelectual. Sílvio Cunha retratou no enredo os caçadores de dinheiro, os ambiciosos, Galileu Galilei, professores, escritores, constatando que a vaidade é inerente ao ser humano... e à Portela - quintessência da vaidade, com seus 21 campeonatos representados no último carro, em que eram vistos um enorme globo terrestre (sendo seguro por uma escultura), uma grande estante e 21 livros, cujos títulos eram os campeonatos conquistados pela escola.

 

Até aquele momento, a Portela era apontada a grande campeã do carnaval carioca. Mas, na quarta-feira seguinte, após a apuração das notas dos julgadores, coube-lhe o 6º lugar.

 

Além de samba-enredo, a Portela conquistou os Estandartes de Ouro de revelação com a passista Patrícia Costa, neta de "seu" Cláudio Bernardo, e de melhor ala com a Ala das Damas, comandada na época por Dona Dodô.

 

Ficha técnica:

 

Resultado: 6ª Colocada do Grupo Especial, com 290,5 pontos

Data, Local e Ordem de Desfile: 4ª Escola de 11/02/91, Segunda-Feira, Av. Marquês de Sapucaí (Passarela do Samba )

Carnavalesco: Sílvio Cunha

Presidente: Carlos Teixeira Martins

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

 Bateria: 300 ritmistas sob o comando Mestre Timbó

Contigente: 4.600 componentes em 32 alas

 

Samba enredo:

autores: Carlinhos Madureira, Café da Portela e Iran Silva

 

Eu sou vaidosa

Eu sou assim

Vaidade não tem preço

Mas eu tenho seu apreço

Pois você gosta de mim

 

Eu sei que faço seu corpo arrepiar

Eu sei que você não vai sem me ver passar

Eu já vi você chorar

Na hora do meu desfile encerrar

 

Perguntei ao espelho meu

Qual delas é mais linda do que eu

Ele então me respondeu

Mas linda do que eu só eu

 

O meu azul veio lá do infinito

O meu canto é mais bonito

Salve Oswaldo Cruz e Madureira

Me chamam celeiro de bamba

A majestade do samba

Da velha guarda formosa e faceira

 

Eu sou e sei que sou

Mais fascinante, deslumbrante, mais amor

Bem sei que você aprova

Pois meu visual comprova

Eu sou luxo e esplendor

 

Olha eu aí

Cheguei agora

Cheguei pra levantar o seu astral

Posso perder, posso ganhar, isso é normal

Vinte uma vezes campeã do carnaval

 

 



 

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